quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Quem é o Pai?


A Bíblia conta quando Saul viu Davi sair a se encontrar com Golias e perguntou a Abner, o chefe do exército: De quem é filho esse jovem, Abner? Respondeu Abner: "Vive a tua alma, ó rei, que não sei". Disse então o rei: Pergunta, pois, de quem ele é filho? (I Sm 17: 55 – 58).

O texto relata que havia uma grande batalha travada entre os israelitas e os filisteus. No meio da peleja Davi se dispõe a decidir a guerra pelo lado de Israel. Era um costume nas guerras na antiguidade dois representantes dos povos beligerantes decidirem a vitória nas guerras desta forma. Davi havia se disposto a lutar com Golias e chegou até a se apresentar ao rei Saul. Este inclusive tentou colocar suas armas sobre Davi porém Davi as rejeitou porque ele era adestrado em outros tipos de armas como o cajado, funda, etc. Mas a grande vitória de Davi foi o fato de ele ter confiado no Senhor que lhe deu a vitória. “Mas eu vou a ti em nome do Senhor Deus dos exércitos”.

Davi vence Golias e todos ficaram admirados com aquele ato heroico e queriam saber, portanto, de onde vinha aquela capacitação. Saul, queria saber quem era o pai de Davi. Era uma pergunta natural naqueles dias, quando a sociedade era formada pelo sistema de família patriarcal. Era a preocupação de se saber a descendência da pessoa, sua genealogia. Sua origem. Abner era general dos exércitos de Saul, portanto autoridade no assunto de guerra, mas não conhecia nada sobre o pai de Davi. A grande preocupação em saber de quem Davi era filho, era porque os filhos naqueles dias recebiam diretamente dos pais toda a instrução que possuíam. Aquilo que Davi manifestara possuir ali, era uma prova de que seu pai era muito mais poderoso do que ele, porque lhe ensinara aquilo.

E Davi responde: “Sou filho de Jessé, o belemita”. Esse era o testemunho que Davi dava de seu conhecimento do pai. Belemita: nascido em Belém. Davi estava dizendo com isso que também era belemita, pois era filho de Jessé. Mas, em resposta a pergunta: quem é o pai? É aquele que dá um nome para a família; uma identidade; deixa uma herança; traz segurança e dá o sustento à família.

No texto há um sentido profético pois aquela pergunta estava se referindo para Deus, o Pai celestial, o Pai de Jesus, o nosso salvador, pois vejam: Jesus nasceu em Belém (casa do pão), por isso só Ele podia dizer: “Eu sou o pão da vida”. Quando nos ensinou a orar, foi assim: “Pai nosso que está nos céus...” Mandou-nos pedir as coisas ao PAI. Desde os 12 anos de idade, quando os seus pais terrenos o deixaram para trás na cidade de Jerusalém, na festa da páscoa: “...negócios de MEU PAI?” Quando ele promete uma salvação eterna para os seus discípulos: “Na casa de MEU PAI há muitas moradas...”; Por fim, sua identidade era exclusivamente com o Pai: “Eu e o PAI somos um”.

Aqueles que conhecem ao Senhor Jesus e fazem parte da sua Igreja Fiel tem a mesma experiência, vejam só: Quando Jesus dirige-se aos seus discípulos, tratando-os como criança, ele diz: “Não vos deixarei órfãos,... mas rogarei ao PAI e Ele vos mandará outro Consolador”. Abner e Saul representavam um grupo de pessoas que não conheciam o Pai de Davi. Há também um grupo de pessoas que não têm conhecimento do Pai, Todo Poderoso, aquele que nos dá a vitória a cada dia. As grandes vitórias da igreja fiel se dão porque ela tem a herança de um Pai, Todo Poderoso, de quem ela tem recebido todos os recursos da vitória, nas suas lutas. Com quem ela está perfeitamente identificada como filha. ”Sou filho de Jessé, o belemita”. Havia alguns irmãos de Davi que pertenciam ao exército, mas nenhum deles despertara o desejo nas pessoas de conhecer o Pai deles. O que fez as pessoas desejarem conhecer o pai de Davi foi a prova que ele tinha nas mãos a grande vitória que alcançara do Pai celestial, pois ele foi lutar em nome do Senhor dos Exércitos.


Assim é a alma do homem. Ela tem sede de um encontro com o Pai celestial. A maior alegria do filho pródigo foi quando ele se encontrou com o pai, porque a partir dali, lhe foi restituída toda a herança e toda a identificação com o pai. 

Mensagem: L.V.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Será que Jesus vai nos seguir?


Pensando, porém, eles que viria de companhia pelo caminho, andaram caminho de um dia, e procuravam-no entre os parentes e conhecidos; Lc 02:44

A narrativa do evangelho de Lucas serve para nos mostrar qual era o sentimento do pais de Jesus. Para eles, Jesus deveria segui-los.

Há alguns hoje que acham que Jesus serve para referendar seus caminhos errantes.

Jesus não tem qualquer compromisso com o caminho que fazemos por nossa própria conta. Isso por duas coisas bem interessantes. Primeiro, não é o homem que tem que ir à frente e sim o Senhor Jesus. Quando passamos na frente Dele, assumimos completamente o risco dos nossos atos e escolhas falhas, ainda que alguns depois tentem jogar isso pra cima do responsável da igreja, do pastor, etc. A segunda é porque Jesus é o caminho. Um caminho pronto. Não é para ser feito por nós. É apenas para andarmos por Ele.

Os pais de Jesus faziam seu próprio caminho. Por certo, muitos outros fizeram aquele caminho antes e eles pensavam que era seguro, confiável. Enfim, caminho “receita de bolo”.

Diz a bíblia que demoraram um dia para dar falta do Senhor. Não podemos ficar um dia sem Ele na nossa vida. O Senhor está nas nossas orações para alimentarmos, para viajarmos, quando levantamos e quando vamos dormir. Andar um dia sem o Senhor é impossível, pois Ele faz parte da nossa vida.

Quando os pais de Jesus perceberam que haviam perdido o menino procuraram entre parentes e amigos.

Um dia isto aconteceu conosco. Percebemos que estávamos descendo na vida. E que Jesus não estava no nosso caminho. Ainda procurávamos entre amigos e parentes. Não teve jeito. Jesus não estava lá. Era hora de mudar de vida, mudar de direção. E é isso que fizemos. Estamos subindo rumo a Jerusalém Celestial. Lá, encontraremos eternamente com Jesus.

As tempestades enfrentadas pelos discípulos - Parte II


E, quando subiram para o barco, acalmou o vento. Mt 14:32.

Na primeira mensagem vemos que Jesus dormiu no barco. Agora, neste caso, Ele nem estava lá.

Novamente a tempestade se levanta e é maior que a experiência dos discípulos.

No meio da tempestade alguém vê algo e grita: “é um fantasma”.

Pode ter certeza. Surgiu a dificuldade, sempre aparece alguém que está com o barco mais afundando do que o seu e vai te dar um “bom” conselho. “Olha, este seu problema é físico” (é mar, é tempestade, é vento). Alguém vai dizer: “olha, é espiritual hein. Você passou debaixo de escada? Viu gato preto? Aconteceu numa sexta-feira 13?” (é fantasma).

No meio daquela situação de dificuldade os discípulos visualizam Jesus andando sobre as águas. Um Jesus perfazendo um caminho que ninguém imaginaria. Na luta, na prova, o Senhor demonstra sua misericórdia e nos permite ver Jesus vindo em nossa direção. De uma situação que só víamos tempestade, agora, vemos o Senhor. Ele vem para o barco. Acalma a tempestade. Faz bonança. Renova a fé e a confiança. O Senhor que até o mar e o vento O obedecem. Que a Palavra afirma que até as estrelas do céu estão contadas e são chamadas ao nome pelo Criador. Um Deus que sabe cada fio de cabelo que temos (para os que ainda tem cabelo...rs). Este é o nosso Deus.

Precisamos de Jesus dentro do barco, porque só Ele é capaz de acalmar as tempestades que se levantam contra nós. 

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

As tempestades enfrentadas pelos discípulos - Parte I


E eis que no mar se levantou uma tempestade, tão grande que o barco era coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo. E os seus discípulos, aproximando-se, o despertaram, dizendo: Senhor, salva-nos! que perecemos. Mt 08: 24-25.

No evangelho de Mateus estão narradas duas histórias em que os discípulos enfrentaram tempestades durante a navegação.

Talvez pela experiências de alguns como pescadores pensassem que seria apenas mais uma dificuldade que poderia ser vencida, mas aquela tempestade parecia que ia vencê-los. Ás vezes o homem é assim. É auto confiante. Pensa que por seus conhecimentos, recursos, ciência, pode vencer todos os obstáculos da vida. Até o momento em que percebe que tem tempestades que são maiores. Enfermidades sem previsão de curas, desemprego, etc.

Diz a bíblia que em um dos casos Jesus estava dormindo no barco. Jesus era um homem de oração. Certamente, se algum dos discípulos tivesse se disposto a orar junto com o Mestre, Ele estaria acordado quando a tempestade começou. Mas ninguém assim o fez e Jesus dormiu.

Essa primeira navegação nos fala do crente que teve uma experiência, colocou Jesus no seu barco, mas o deixou “dormir”. Veja bem, os discípulos precisavam de Jesus e não o contrário. Se o barco afundasse, Jesus poderia sair andando sobre as águas e estava tudo bem, sendo que essa não seria uma realidade para os discípulos.

A Bíblia diz que Daniel orava três vezes ao dia. Depois que foi lançado na cova dos leões, passou por lutas e perseguições, não vemos registrado que Daniel passou a orar dez vezes ao dia. Daniel era um crente constante. “Sede firmes e constantes”. I Co 15:58.

Acorda Jesus, chama Jesus, Cadê Ele meu Deus? Anda, anda, chama o mestre. Imaginemos nós os discípulos diante do barco que beirava o naufrágio.

Às vezes vemos uns “crentes” desesperados. Uns que nunca víamos orando e agora chamam para orar. Que nunca jejuaram e agora estão a perguntar como faz. Que nunca apareceram numa madrugada e agora emendam semanas. Estão fazendo agora. Estão “acordando” Jesus. Mas pense bem. Se agora estão fazendo isso pois estão no meio da tempestade, quer dizer, que antes, não estavam fazendo o melhor para o Senhor.

Ore. Madrugue. Busque na leitura da Palavra. Jejue. Não deixe Jesus dormir, pois precisamos de um Jesus Vivo e acordado dentro do nosso barco. Na hora que a tempestade começar, Ele fará bonança. Mensagem continua.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Na estalagem...


E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem. Lc 02:07.

  • Amigo, estou com minha esposa grávida e ela está prestes a conceber; tem um lugar aí na sua hospedaria pra nós ficarmos durante a noite?
  • Quem são vocês?
  • Somos simples e desconhecidas pessoas. Mas o importante é a criança que está para nascer. Ele é Emanuel, Deus conosco, será nosso Salvador. Se deixarmo-nos repousar na sua hospedaria te garanto que os anjos de Deus te visitarão.
  • Olha meu amigo, na minha hospedaria tem seis quartos. O primeiro está ocupado pela IDOLATRIA, que por sinal tem uma família bem grande. Já tenho deuses para o trabalho, saúde e até mesmo para no acaso de perder alguma coisa. Não preciso hospedar este seu Salvador porque já tenho muitos no primeiro andar.
  • Um pouco ao lado está hospedado a minha FAMÍLIA, que sempre deixou bem claro que eu NUNCA deveria hospedar nenhum outro que pudesse ser o Salvador, afinal de contas, tradicionalmente a IDOLATRIA tem alugado a estalagem da FAMÍLIA. Eu não posso contrariar meu pai e minha mãe.
  • O segundo andar está alugado para OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO. A TELEVISÃO é uma amiga inseparável. Ela ocupa uma grande parte do meu tempo. Talvez seja um dos meus melhores hóspedes. Ficamos tardes inteiras juntos. Do lado da TELEVISÃO está a INTERNET. Eu fico um bom tempo com ela também. Foi inclusive, através dela, que fiquei sabendo que esse tal SALVADOR é uma mentira. Já tentaram aplicar este golpe em outras hospedarias.
  • Por fim, meu caro, o quinto quarto está alugado para o DINHEIRO. Ali está toda minha vida de trabalho. Nele está minha confiança. Com ele veio a MEDICINA, A CIÊNCIA, A PSICOLOGIA. O DINHEIRO não deixa eu ter falta de nada. No último quarto que sobrou está habitando o PECADO. Rapaz, este é que tem a família grande. Junto com ele vieram a PORNOGRAFIA, que vez ou outra encontro com ela na TELEVISÃO ou na INTERNET. Junto com o PECADO mora a TORPEZA, a MALDADE, o ADULTÉRIO, o PALAVRÃO, a ANSIEDADE, a INGRATIDÃO, a MALEDICÊNCIA, o ORGULHO, a SOBERBA, a VAIDADE e a MENTIRA. E olha hein, essa é só a família principal, tem dia que junta os primos tudo, aí nem cabe de tanta “gente boa”. E é interessante que a família do PECADO é tão bem relacionada na minha hospedaria que ela consegue visitar todos os outros hóspedes. Enfim, não tem lugar para o SALVADOR aqui não.

O restante da história nós conhecemos. Não tendo lugar na estalagem, Jesus vai nascer no campo. Lá, vai receber a visita dos sábios (magos) e dos anjos de Deus.

O convite para o nascimento do Salvador no coração do homem não parece ás vezes tão bom, afinal de contas, a sua estalagem (coração) já está muito ocupada.

Se o dono da estalagem tivesse permitido nascer Jesus na sua hospedaria, certamente teria tido bons conselhos com os sábios, teria visto os anjos de Deus e não passaria a noite sem ver o SALVADOR.


E você? Deixou uma reserva pra Jesus no seu coração?

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Perdão


Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Então o Senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida. Mt 18: 26-27

Certa vez ouvi uma mensagem sobre a parábola do credor incompassivo. Confesso que nosso entendimento fica melhor quando sabemos que o credor incompassivo foi perdoado de uma dívida de dez mil talentos. E o que são dez mil talentos? Um talento equivale a 35 kg de ouro. Logo, dez mil talentos equivalem a 350.000 mil kg de ouro.

O salário de um trabalhador naquela época era de um denário por dia. O credor perdoado disse no texto que ele pagaria tudo. Mentira. Ganhando um denário por dia, aquele homem teria que trabalhar 150.000 anos ininterruptamente para pagar sua dívida.

Pois é, ele não pagaria. Nem eu e você. Este é exatamente o perdão que o Senhor concedeu a nós. Impagável. Aqueles que confiam na sua fazenda, e se gloriam na multidão das suas riquezas, nenhum deles de modo algum pode remir a seu irmão, ou dar a Deus o resgate dele. Sl 49: 06-07”.

Logo após, o credor perdoado deixa de perdoar uma dívida de cem denários, ou seja, uma dívida de apenas 100 dias de serviço. Cem denários para proporção de dez mil talentos são 600.000 vezes menor.

Amados, dá pra ter uma noção da proporção do perdão pela matemática. Mas isso só é válido se for aplicado. Se sentirmos o perdão de Deus nas nossas vidas e perdoarmos nossos inimigos, porque perdoar amigo, até os ímpios o fazem.

Interessante que mesmo após a dívida ter sido perdoada pelo credor, ele a “cobrou” do credor incompassivo. É possível provar do perdão do Senhor e perder a benção por deixarmos sentimentos menores subirem ao nosso coração. Quem quer o perdão de Deus, tem que aprender a perdoar.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Uma mensagem de Deus pra nós


E os correios foram passando de cidade em cidade, pela terra de Efraim e Manassés até Zebulom; porém riram-se e zombaram deles. Todavia alguns de Aser, e de Manassés, e de Zebulom, se humilharam, e vieram a Jerusalém. II Cr 30, 10-11.
 
Ezequias restaurou o altar de adoração e enviou cartas para o reino convidando a todos que viessem a Jerusalém comemorar a Páscoa. Tipo de Jesus...

Andávamos perdidos feito a mulher samaritana, sem saber a quem adorar, mas Jesus restaurou o altar de adoração no nosso coração; hoje sabemos que Ele é nosso salvador. Descobrimos isso ao receber uma carta de Deus, uma mensagem, “vinde que há uma festa preparada!”.

Confesso que há algum tempo moro numa mesma residência e não sei quem é o carteiro da minha rua. O que importa é que as correspondências chegam.

Nessa jornada da salvação, não importa o carteiro. Importa é a carta que eu e você recebemos um dia e seu conteúdo. Não importa quem evangelizou, quem foi o pregador, quem estava cantando, enfim, o que menos importa é quem é o carteiro, mesmo porque, um dia podemos ter a “grata” surpresa que o carteiro não era tão confiável assim. Importa a mensagem que recebemos, importa que foi uma mensagem de Deus, um convite, uma carta AR, única, exclusiva pra você e pra mim, com endereçamento direto ao nosso coração.

Como saber se realmente essa mensagem era de Deus? A história e a bíblia dizem que quando os reis enviavam alguma correspondência eles selavam suas cartas com o anel (selo) real. (Vide a história no livro de Ester e Daniel, com os reis Assuero e Nabucodonozor).

A certeza que temos desse convite é porque ele veio selado, veio com o selo do Espírito Santo. Veio com a marca do Rei, O Sangue de Jesus.

Por fim, interessante ressaltar que a páscoa era comemorada no primeiro mês (Nisan), precisamente dia 14. Ezequias nesta história estava a comemorar a segunda páscoa, que era comemorada no segundo mês, para aqueles que estavam impuros ou estavam longes.


Deus enviou uma mensagem, uma carta para Israel. Estes negaram o convite, fizeram como o texto, zombaram, riram, mas houve um povo, gentílico, que aceitou o convite. Esse povo somos nós, e agora, estamos rumos a Jerusalém celestial. O povo que era impuro, que estava longe, mas que agora está perto, cada vez mais perto, levando no coração não o nome do carteiro que entregou a mensagem, mas levando a promessa de participarmos de uma festa eterna com o Rei da Glória.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Seu compromisso é com Léia ou Raquel?


E disse Labão: Não se faz assim no nosso lugar, que a menor se dê antes da primogênita. Cumpre a semana desta; então te daremos também a outra, pelo serviço que ainda outros sete anos comigo servires. Gn 29: 26-27.

Em meio a sua peregrinação, Jacó encontra Raquel, e, como dizem por aí, “foi amor a primeira vista”. Jacó então trabalha sete anos para tê-la, mas no dia da sua “lua de mel”, Labão lhe entrega Léia, irmã mais velha de Raquel. Há quem diga que Jacó foi enganado, mas se olharmos bem, as filhas pertenciam ao pai e este poderia dá-las em casamento a quem quisesse, e assim o fez, conforme o texto. Para ter Raquel, era preciso casar com Léia primeiro.

Para ficar mais interessante, é importante ressaltar que Léia era desprovida de beleza (para não falar feia) e Raquel formosa à vista, traduzindo, bonita como minha esposa (depois desta, espero que minha esposa acesse o blog).

Eu e você somos como Jacó. Apaixonamos de cara pela benção. Um carro novo, um bom emprego... A benção é linda, enche os olhos. É apaixonante... mas antes, é preciso casar com Léia. E Léia num é bom aos olhos não...

Léia é a figura do compromisso com a madrugada, com os jejuns, com as orações. A carne não se agrada disso. Léia não serve para a carne, mas faz parte do projeto do Pai. Você quer a benção? Então se comprometa com Léia.

De Léia vieram dois filhos que vale a pena ressaltarmos. Um é Judá e outro Levi. De Judá descendeu o salvador, Jesus. De Levi, foram separados os trabalhadores para a casa de Deus. Ter um bom carro, uma boa casa, um bom emprego, tipo de Raquel, é muito bom, mas o que gera Jesus no nosso coração são as experiências de Léia. É com ela que temos que manter um compromisso. Nos jejuns, orações, madrugadas, o Senhor é revelado nas nossas vidas e é nessa fidelidade que somos separados para sermos instrumentos nas mãos do Senhor.

Só para ressalvar; Labão, depois de Jacó ter mantido seu compromisso com Léia, entregou a ele Raquel. Deus derrama sua benção pelo seu grande amor. Não pense no casamento de Léia como uma troca com Deus, mas veja que Deus é fiel para cumprir sua Palavra.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Sugestão de mensagem para o culto dos colegas de trabalho


E quando o iam levando, tomaram um certo Simeão, cireneu, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às costas, para que a levasse após Jesus. Lc 23:26

A Cruz do Senhor, segundo avaliações atuais, pesava cerca de setenta quilos (...). Era Simeão natural de Cirene, uma cidade de cultura grega, ao norte da África, hoje localizada na Líbia. Os cireneus tem pele escura (…). Ao viajar 1300 km para morar em Jerusalém, Simeão nem imaginava que seria escolhido para carregar tão importante cruz e cooperar na mais poderosa obra de Redenção da Humanidade (…). O Evangelho Reunido de Juanribe Pagliarin, pág 409.

Poderia ser só mais um dia de trabalho na vida daquele homem. Mas não foi. Voltando do campo, se depara com a Cruz de Cristo. Há alguns interessantes motivos para Simeão ficar registrado nos evangelhos.

Simeão era um trabalhador e pai de família, não era um ladrão ou assassino como Barrabás. Porém, a Cruz também era pra ele. Jesus veio para morrer no lugar de todos, bons, ruins. A cruz pertence a todos nós, independente de classe social, cor, cultura. Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me. Mt 16:24;
Mas veja bem, eu e você não precisamos andar com uma cruz pendurada no pescoço, nem mesmo pregá-la em qualquer lugar. Isso porque...

A morte de Cruz era a maior vergonha e sofrimento que um homem podia ser condenado a época. Simeão, por alguns minutos deve ter sentido muita vergonha de carregar uma cruz. Quem passasse por ali e não tivesse visto a cena inicial poderia até pensar que Simeão é que seria crucificado. Mas assim como há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte, olhar friamente para aquela cena poderia transmitir uma imagem falsa. Alguém que conhecesse a Simeão poderia ter ficado desesperado e até fosse chamar seus parentes com uma notícia: “Simeão vai morrer”. Mas quando retornasse, viria que alguém tomou sua cruz. Esse alguém é Jesus. Era Simeão, eu e você que teríamos que carregar aquele fardo, mas Jesus o fez por nós.


Simeão sentiu só um pouco do peso da Cruz. Talvez alguns de nós estejamos sentindo o peso da cruz. Uma luta, uma enfermidade, etc. Mas lembre-se, o peso da cruz para nós é momentâneo, porque Ele venceu a cruz por nós. Não deixe que as lutas deste mundo pesem sobre seus ombros trazendo ansiedade, dor, sofrimento. Isso é momentâneo. Muito em breve o nosso Salvador, Aquele que não está pregado numa cruz porque está vivo, virá e nos levará para morar na eternidade.

Simeão teve um encontro com o Salvador voltando do trabalho. Tenha também um encontro com Jesus todos os dias depois do trabalho.