E tornou a sair para o mar, e toda a multidão ia ter com ele, e ele os
ensinava. E, passando, viu Levi, filho de Alfeu, sentado na recebedoria, e
disse-lhe: Segue-me. E, levantando-se, o seguiu. Marcos 2:13-14
Ao que parece, Levi trabalhava na Alfândega marítima. Sentado naquele
lugar, provavelmente viu passar por si toda sorte de mercadorias. Com certeza,
viu muita coisa ruim entrar em seu país mas tinha que obedecer as leis e nada
podia fazer (nem tudo que é ruim é ilegal). Essa era sua vida, fiscalizar
aquilo que vinha do mar.
O mar do mundo oferece muita coisa ao homem. Enquanto ele (o homem) não
conhece ao Senhor, fica somente fiscalizando aquilo que vem do mar e pode ou
não entrar na sua vida. O problema é que o sistema (alá tropa de elite) acaba
sendo maior e muita coisa entra até mesmo sem que o homem queira. De repente o
homem se vê tomado, invadido pelo mundo. Está ali, sentado, imóvel, imerso no
pecado e não tem como mais sair.
Só que aparece um personagem na vida de Levi que tem poder até sobre o
mar. Este é Jesus, que disse apenas uma palavra a Levi e foi suficiente para
tirá-lo daquela situação: segue-me. Não foi necessário muita conversa, nem
despedidas. O mar não tinha nada para oferecer a Levi que o atraísse. Nada mais
preenchia seu coração. O “segue-me” de Jesus era suficiente e maior.
É exatamente isso que Jesus fez conosco. Chamou-nos. Há ainda alguns que
relutam ao chamado, (como fez o jovem rico), outros parecem apresentar
condições para seguir ao mestre. Mas para nós, que entendemos o segue-me,
melhor é seguir ao Senhor. Agora, a alfândega da nossa vida não mais toma conta
do mar. Vivemos nos limites do Espírito Santo. É Ele quem agora vai dizer o que
pode ou não entrar na nossa vida.