sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Escrevendo no coração do homem

E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra. João 8:8

Alguns detalhes desta história nos chamam a atenção:

Jesus encontrava-se numa difícil situação. O Mestre havia dito que veio para dar vida ao homem, mas disse também que não veio para descumprir a lei. Naquele momento, mandar cumprir ou ignorar a lei deixaria o Senhor numa posição a ser criticado.

Os religiosos que trouxeram aquela mulher não estavam preocupados com ela, menos ainda com o pecado. Sua única intenção era “tentar” Jesus. Prova disso é que a lei dizia que aquele que fosse apanhado em adultério seria apedrejado. Cadê o acompanhante que estava junto à mulher? Política. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Jesus escrevia na terra. O que é o homem? Barro.  O Senhor pegou a terra, fez barro, soprou o fôlego da vida. Jesus profeticamente estava escrevendo no coração do homem uma nova lei, não escrita em tábuas de pedras, mas escrita nas tábuas do coração do homem. “Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração”. 2 Coríntios 3:3.

O Mestre fala uma frase e todos vão embora. Mostrando que tudo que precisamos nas nossas vidas para afastar o acusador é uma Palavra do Senhor ao nosso favor.

Termino dizendo que a lei se cumpriu naquele dia. Nos casos de adultério deveria haver morte, através do encontro da vítima com a pedra. Jesus é a pedra de esquina (Pedra que os edificadores rejeitaram). Aquela mulher teve o encontro com a pedra e morreu para uma velha vida e nasceu para uma nova vida em Cristo Jesus. Algum tempo depois, o próprio Jesus vai subir numa cruz para morrer por aquela mulher, por mim e por você. Hoje, fica a recomendação, vá e não peques mais.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Santidade na casa

Lv 27:14 E quando alguém santificar a sua casa para ser santa ao SENHOR, o sacerdote a avaliará, seja boa ou seja má; como o sacerdote a avaliar, assim será.
Com o passar do tempo os religiosos trataram de deturpar alguns ensinos. Santidade deixou de ser uma separação do mundo, uma questão pessoal, uma intimidade com o Senhor para ser algo exterior, aparente. Isso não é exclusivo do nosso tempo, mas o próprio Senhor Jesus encontrou a mesma situação em Israel.

Mateus: 23: 25 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que limpais o exterior do copo e do prato, mas o interior está cheio de rapina e de iniqüidade.
Se a santidade é algo aparente e as “instituições” que falam de Deus se tornaram políticas, achamos consolo no 1º texto. Não importa a aparência da casa, não importa se a pessoa é de fala mansa e emotiva. Se alguém deseja realmente santificar sua casa ao Senhor, passará pelo crivo, pela inspeção do sacerdote (Jesus).

Hebreus: 3: 1 POR isso, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão,
Ele é quem vai dizer se é boa ou má. O Sacerdote analisa o interior da casa, nada fica escondido, nem aquela mágoa que estava varrida para debaixo do tapete, nem aquele pensamento atrás da porta nem mesmo aquele “pecadinho” escondido dentro do pote de Nescau atrás do vidro de maionese...nada...nada vai ficar sem que a luz do Senhor não alcance e revele toda a casa. Assim, santidade não é uma medida dada por homens, mas é o quanto Jesus vai dizer da sua casa (coração).

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Onde vamos baixar o paralítico?

E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o telhado onde estava, e, fazendo um buraco, baixaram o leito em que jazia o paralítico. Mc 02:04

Casas antigas normalmente eram divididas em quarto, sala e cozinha. Por falta de saneamento básico, banheiros eram externos. Na cozinha ficavam as mulheres que preparavam os alimentos. Na sala, cômodo mais espaçoso, ficavam as visitas. No quarto, ficavam as “bagunças” e tudo aquilo que era atinente apenas a casa.

A história narra que o paralítico é suspenso ao telhado e descido em seguida até a presença de Jesus. Aqueles quatro homens poderiam ter descido com o paralítico na cozinha ou no quarto (conjecturando que Jesus estava na sala).

Onde você tem levado os paralíticos que Deus tem permitido você cuidar?

Explico...

Alguns hoje preferem falar da cozinha. Estão oferecendo um alimento para esta vida. Um alimento que perece e que não resolve o problema dos paralíticos. O Pão da Vida está tão perto, mas ainda assim os visitantes têm sido levados à cozinha.

Outros preferem expor os problemas da casa, suas bagunças, suas intimidades. Levam o paralítico ao quarto para que este saia com a seguinte impressão “aqui, não volto mais!”.

A casa não era especial pelos cômodos que tinham. O que fazia aquele local diferenciado era a presença de Jesus. Os quatro homens apresentam o paralítico diretamente a Jesus, Aquele que podia resolver a vida do enfermo.


Discursos do “vai à minha igreja porque o culto é rápido, não pede dinheiro, o louvor é assim ou assado” estão mais para uma tentativa desesperada de mostrar cômodos da casa do que falar o motivo que nos levam a esse local: Jesus. Que tal retirarmos as telhas e apresentar os paralíticos diretamente a Jesus?

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O vale cheio de ossos.

Veio sobre mim a mão do SENHOR, e ele me fez sair no Espírito do SENHOR, e me pôs no meio de um vale que estava cheio de ossos (Ezequiel 37). E o versículo 2 ainda fala que os ossos estavam “sequíssimos”.

A visão que Deus concedeu ao profeta Ezequiel foi de morte, pois os “ossos secos” espalhados no vale representavam tal situação. Trazendo para os dias atuais, talvez a sua vida esteja parecida com a situação encontrada por Ezequiel naquele vale.  Talvez  seja necessária uma restauração na sua vida espiritual, na sua família, no seu ministério, no trabalho. Talvez são traumas do passado que lhe impedem de caminhar, de seguir em frente, de conquistar; frustrações que sempre lhe fazem olhar para baixo, lhe causam desânimo e lhe fazem pensar que não pode mais voltar a sorrir, ter alegria; são sonhos que foram frustrados, objetivos que por algum motivo não puderam ser alcançados, o que lhe faz pensar que sua vida parece estar “seca”,  como aqueles mesmos ossos da visão de Ezequiel.

Mas o vale de Ezequiel traz uma revelação, uma aprendizagem, uma lição. E a lição começa quando o Senhor ordena para que Ezequiel profetize sobre o vale. E assim que Ezequiel profetizou, os ossos começaram a responder. Ele disse: “Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor. Assim diz o Senhor a estes ossos secos: Farei entrar em vós o espírito, e vivereis (...) Então sabereis que Eu sou o Senhor”. À medida que ele foi profetizando, a vida começou a surgir naquele vale; aleluia irmãos, pois vemos que há poder na Palavra, a palavra que está nos nossos lábios, pois Deus usou a boca de Ezequiel; quer dizer, as palavras que saem dos lábios mudam a face do vale, ou seja, mudam a sua vida, podem mudar a sua vida. Abramos nossa boca para profetizar vida, falemos a palavra do Senhor, pois ossos secos não podem ouvir nem reagir senão por uma intervenção divina; é Deus que inicia a obra de restauração no vale, fazendo os ossos se colocarem de pé.

Vejam que no início do texto eu chamo a atenção dizendo: “o versículo 2 ainda fala que os ossos estavam “sequíssimos”. Que curioso, não? Não eram simplesmente ossos, mas para reforçar a noção de morte, a Palavra ainda diz que os mesmos estavam sequíssimos. Então o Senhor ainda pergunta ao profeta: “Acaso poderão reviver estes ossos?”. Os incrédulos diriam: “Jamais”, não é verdade? Podemos interpretar que aquele cenário fala sobre o fim dos recursos humanos; naquele lugar tudo parecia perdido (ossos sequíssimos). Sabe o que tiramos disso? O seguinte: quando tudo parece perdido, Deus ainda tem a solução. Sim irmão, aparentemente era o fim de tudo, mas os recursos de Deus não se esgotam nem na morte, aleluia.


Assim, o Senhor ordena a Ezequiel que profetize transformação, mudança, renovo, ressurreição, vida. Mas vejam que no versículo 11 temos o pensamento que ocupava as conversas do povo naquela época. “Eis que dizem: Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; estamos de todos exterminados”. Aqui o significado do vale de ossos é exposto com muita clareza, pois Deus estabelece uma relação simbólica entre o seu povo e o vale dos ossos secos, Ele conhece o que se passa com a gente, o que nos habita, as dores que sofremos, nossas fragilidades e medos (“pereceu a nossa esperança”). É capaz de perceber em nós o pessimismo, o sentimento de derrota e de desespero. Mas não deseja que vivamos assim. Mesmo que esta realidade seja resultado de abandonarmos a Deus, de colocar outros valores em seu lugar, o desejo Dele é ver-nos restaurados e renovados. Para isso é necessário profetizar vida, superação e transformação. Este era o desafio de Ezequiel e continua sendo o nosso desafio hoje, pois sabemos que há muitos ossos secos, seja no campo pessoal, familiar, financeiro, físico, emocional ou espiritual. São ossos secos que têm roubado sua vitalidade, alegria de viver, esperança, comunhão com as pessoas e com o Senhor. Mas a boa noticia é que somos convidados a profetizar mudança neste quadro, por mais caótico que possa ser, pois como dito acima, os recursos do Senhor não se esgotam nem na morte. É preciso mudar a nossa maneira de pensar, de ver, de falar. Precisamos ouvir a voz de Deus, crer que os ossos secos podem ser invadidos pela vida plena que Ele deseja nos dar. Olhe agora para seu vale e profetize, pois assim diz o Senhor DEUS: “Vem dos quatro ventos, ó Espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam” (vers.9). . Lembre-se de QUEM lhe sustentou até aqui, é ELE mesmo QUEM te põe de pé para sair desse vale, PROFETIZA!

Francisco - SP